
Ao sol de tons estéreis a se por,
Já sopra pelos céus e a terra fria
Os ventos com sabor de nostalgia
Traçando, na minha alma, a sua cor;
Em noites de sereno, sem fulgor,
No zênite dos sonhos, já sorria
Seus lábios com doçura de ambrosia
Vertendo o mel astral do nosso amor.
Além da tela azúlea do horizonte,
Por onde os astros vertem sua fonte
De luz e de silêncio elementar,
Eu hei de me lembrar de sua face
Até que o inverno gele e a dor me embrace
E lá, sobre a outra margem, lhe esperar!
Um comentário:
Irrepreensivelmente perfeito. Sem palavras!
Postar um comentário