Senhora dor! Sombria dor fecunda!
Latejas tanto! Cortas! Dor sem fim!
Porque tu moras dentro assim de mim?
Oh! Louca dor! Infinda dor! Profunda!
*
Oh! Faça as tuas malas! Vai-te embora!
Não olhes para trás! Não digas nada...
E some, só, na névoa tão gelada!
Recolhe, para sempre, a tua espora!
*
Não quero teu viver pobre e iracundo!
Oh! Dor! A ti eu não darei guarida!
E livre, assim, minh’alma já caminha!
*
Não vivo mais contigo um só segundo!
Dispenso-te, pra sempre, nesta vida!
Ou tu te vais! Ou já me vou sozinha...
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