SEM MOTIVOS, SEM PORQUE
TORNEI-ME ANJO DECAÍDO
PERDI MINHAS ASAS
MINHA AUREOLA
PERDI MINHA ALMA
E MINHA FÉ
PRIMEIRA VEIS QUE EU MORRI
COMO MORTAL, TORNEI-ME HOMEM
VIVI SOFRI MINHAS MAZELAS
PASSEI FOME
PASSEI FRIO
SENTI DORES, ENVELHECI
MAS TIVE A VIDA
MAS TIVE FILHOS
TIVE AMORES
O MEU MUNDO EDIFIQUEI
ENTÃO O DILUVIO ME LEVOU TUDO
TUDO O QUE EU TINHA
E NEGRO TORNOU-SE MEU CORAÇÃO
SEGUNDA VEIS QUE EU MORRI
TORNEI-ME SOMBRAS
TORNEI-TREVAS
NO SUB-MUNDO
TORNEI-ME DEUS
ESCOLHI, VOLTAR A TERRA
E NOVAMENTE SER MORTAL
EDIFIQUEI OS MEUS CASTELOS
TIVE AMANTES E MUITOS FILHOS
MAS COMO HUMANO ENVELHECI
O MEU IMPÉRIO FORA DESFEITO
FUI TRAÍDO
FUI SEGREGADO
COMO EREMITA ME ACABEI
TERCEIRA VEIS QUE EU MORRI
TORNEI-ME ESPÍRITO
TORNEI-ME LIMBO
O BARQUEIRO E O CEIFADOR
AGORA CUMPRO O MEU DESTINO
ENTRE OS MUNDOS
ENTRE OS DEUSES
LEVO A ALMA DOS CONDENADOS
PARA A LUZ OU PARA AS TREVAS
CONDENADO PELOS DEUSES
A VIVER ETERNAMENTE.
FELIX RIBAS
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