Sombra do mal
Longe a sombra do mal, se jamais titubeio,
Eu a mantenho refém, controlando meu chão,
Sem querer, sem sonhar, sem receber no seio...
Essa sombra, tão gris, que me abala a razão!
Essa sombra voraz, tenebrosa, eu receio,
Mas se a sinto, também, eu controlo a emoção
Pois viver, simplesmente eu desejo e anseio,
Esse dom divinal, essa enorme benção!
Dessa sombra do mal, se eu consigo me afasto,
Sigo a busca de luz; eu procuro ser calma!
E lutando prossigo, afastando-a de mim...
Oh! Senhora da Morte e do mundo tão vasto,
Chegará o momento e terás a minh’alma!
E eu, sem forças, sem ais, me entregarei, enfim!
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