
Vagos oceanos celestes
Abriram as cortinas eternas
Na forma de línguas de fogo
Vestidas em corpo de aurora.
Estrelas dançam errantes
As valsas de gases e neutrons
No caos das veias noturnas
Ardendo seu sangue de medo;
O mar que lampeja sereno
Safiras verdes de sal
Me chamam pro lento mergulho
Do frio da mente sem teto.
E em noites sem cor e sem ossos,
Eu beijo os mil lábios amorfos
Da insânia dolosa e fluente
Que vaza no oásis da alma.
Carlos André, 17/6/08
Imagem: pintura de Zdzislaw Beksinski - Nevermore
http://www.besy.co.uk/_media/blog/beksinski_nevermore.jpg
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