(...)
Enfim chegou o dia em que o preparo
das armas e soldados terminou.
Saindo à rua, o capitão preclaro
à praça da cidade caminhou.
Dia festivo, o céu estava claro,
o sol bem vivo, aves a voar. Notou
parecer que a natura se alegrava
com a missão que o capitão tomava.
Tanta era a tropa que encontrou na praça
que já tomava muitas das vielas.
Tantos soldados vieram, que se faça
a guerra à Parnaíba e contra aquelas
que aderirem à causa da ameaça.
Fidié vê-lhes as faces, e vê nelas
a sede, a ânsia de lutas que se encerra
nos olhos de soldados indo à guerra.
Em redor, das janelas dos sobrados,
apinhada nas árvores, nas ruas,
para ver a partida dos soldados
se amontoava a multidão. Das suas
saídas em campanha pra os armados
conflitos com franceses, lutas cruas,
o capitão lembrava-se, contente
de servir sua terra novamente.
Os homens, todos postos em sentido,
traziam uns mosquete, outros fuzil,
baioneta acoplada. Protegido
vai o carregamento, de armas mil
e munições pro cerco abastecido.
E ao fim trazem o trunfo seu hostil:
alguns canhões, que a tudo venceriam
e a que inimigos não derrubariam.
Muitas mulheres, viu Fidié, rezavam
a Santo Antônio, o santo português,
que olhasse e protegesse quem amavam –
irmãos, esposos – e que desse a vez
de reprimir a ofensa; que esperavam
que os seus voltassem bem, sendo das leis
de Portugal os braços defensores,
vitoriosos sobre os vis traidores.
O capitão falou: “Soldados, a hora
chegou. Marchemos rumo à vila
corruptora a que ireis vós agora
tomar. Ela não pode estar tranquila.
Por Portugal, homens, vamos embora.”
A tropa então saiu, marchando em fila,
atrás do capitão na montaria,
soaram passos, troou cavalaria.
(...)
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