
Oh! Pomba alva que esvoaça pelos ares
Com tanta graça, com leveza sem igual,
Suave quais etéreas sedas milenares,
Na langorosa tarde bela e divinal.
Oh! Símbolo da Paz! Candura virginal!
Tão alvadia como os lírios nos altares,
E que esvoaça pelo céu belo e outonal,
por sobre as águas mornas destes verdes mares.
Quisera, ó branca pomba, revoar nos céus,
Distante da saudade e seus sedosos véus,
Liberta dessa dor sem fim, dessa tristura.
Quisera ter em mim esse poder! Pureza!
Mas trago dentro em mim o peso da tristeza,
E vivo só e presa nesta noite escura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário