
Na frágil palidez do céu cinzento
Tingido pelas cinzas da beleza,
Respira no silêncio da tristeza
O peito que se afoga em desalento;
Habita a mais espessa profundeza
Do abismo em que repousa meu tormento
O ventre que germina o filamento
Dos sonhos que se trincam na frieza;
Nas dores em que sangram meus sentidos
Os olhos transfiguram mil gemidos
Correndo pelas veias tão vazias;
No solo que permeia essa morada
Eu deixo a minha carne congelada
À lua que perfuma as noites frias.
Carlos André, 4/2/08
2 comentários:
Parabéns! gostei do esquema rimático... Rommel Werneck
Depois da cólera extremada de anjos, um cadáver que causará deslumbramento.
Pelas mãos de um Poeta.
Rommel, André, Gabriel e quem mais aqui vier.
Estou em casa.
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