Perecendo
Foi, outrora, euclidiana minha mente,
Com retas, que eram retas, de clareza;
E planos, que eram plenos na certeza;
De que o Sol nasceria novamente.
Mas o amor, que m'invade persistente,
Entortou estas retas co'aspereza;
E curvou os meus planos co'a tristeza...
Fez nova geometria: a dum demente!
Ora canto este túrbido universo;
Com dores, com pesar em cada verso...
Com melodia feita de negrura,
Pois só escuridão foi o que vi;
Quando, em minha geodésica, eu caí;
No vil buraco negro d'Amargura.
Com retas, que eram retas, de clareza;
E planos, que eram plenos na certeza;
De que o Sol nasceria novamente.
Mas o amor, que m'invade persistente,
Entortou estas retas co'aspereza;
E curvou os meus planos co'a tristeza...
Fez nova geometria: a dum demente!
Ora canto este túrbido universo;
Com dores, com pesar em cada verso...
Com melodia feita de negrura,
Pois só escuridão foi o que vi;
Quando, em minha geodésica, eu caí;
No vil buraco negro d'Amargura.
Ivan Eugênio da Cunha
Nenhum comentário:
Postar um comentário