Desvanecendo
Interagir co'a luz já se recusa;
Toda a matéria vil que sou composto,
Mas une-me as moléculas a infusa;
Força incomensurável do desgosto.
Nenhum fóton incauto mais me acusa;
A presença, não olham mais meu rosto;
Os viventes, que a mim também retrusa;
A existência parece, em contraposto.
Isolado do mundo dos viventes;
Eu fui pelos furores persistentes;
Dum amor que s'espalha como doença.
E vou desvanecendo deste mundo...
Ah!, quiçá, neste próximo segundo,
Nem eu perceba mais minha presença.
Toda a matéria vil que sou composto,
Mas une-me as moléculas a infusa;
Força incomensurável do desgosto.
Nenhum fóton incauto mais me acusa;
A presença, não olham mais meu rosto;
Os viventes, que a mim também retrusa;
A existência parece, em contraposto.
Isolado do mundo dos viventes;
Eu fui pelos furores persistentes;
Dum amor que s'espalha como doença.
E vou desvanecendo deste mundo...
Ah!, quiçá, neste próximo segundo,
Nem eu perceba mais minha presença.
Ivan Eugênio da Cunha
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