Por Rommel Werneck
“Todo lo curioso de la variedad, en que
hay algo de lo difícil, se deja hoy. Que esta composición [la sextina] tiene su
dificultad, pero es grave, y así propia para amorosas pasiones y tristezas.”
Faria e Sousa
Forma fixa originária da Occitânia
medieval conhecida pela repetição de 6 palavras em todas as estrofes
favorecendo a retomada dos tópicos e a musicalidade.
1. ESTRUTURA
Consiste
em 6 sextilhas e 1 terceto. Sextilhas são estrofes de 6 versos e terceto
estrofe de 3 versos. Os versos são isométricos preferencialmente decassílabos,
mas Bernardim Ribeiro possui uma sextina (sem terceto) em heptassílabos e Théodore
de Banville recomenda (1891, p. 19) alexandrinos ou dodecassílabos.
As rimas são seis palavras que se repetem em cada sextilha. Sendo assim, as palavras usadas no fim de cada verso da primeira estrofe repetem-se no esquema 6, 1, 5, 2, 4, 3. Entenda o algarismo como referência aos seis primeiros versos. Então, aplica-se o esquema 6, 1, 5, 2, 4, 3 na segunda sextilha tendo como base a ordem na estrofe precedente, ou seja, a terceira estrofe apresentará o mesmo esquema em relação à estrofe anterior e assim sucessivamente.
O terceto final tem sido chamado na internet pelo nome de Coda, mas António Cirurgião, o maior estudioso de sextinas, reconhece os nomes ofertório, remate, envio e commiato. Nos três versos finais aparecerão as três palavras das rimas na mesma ordem que foram apresentadas, 2 palavras por verso, sempre a palavra final do verso é uma das palavras-chave.
Sextina pode ter título? A maioria dos poetas optou por não dar títulos, mas há várias que possuem como Autour d'un étang, do Conde Ferdinand de Gramont. Pode ter epígrafe? A maioria não possui, mas Edmund Gosse usou um verso de Petrarca na sua sextina que homenageia Arnaut Daniel (JONES, p. 128-129)
Sanches de Lima (87) chama-lhe contera, termo utilizado também por Márchese e Forradellas, juntamente com remate.
Massaud Moisés, certamente por influencia do nome dado ao
remate das cançòes, chama impropriamente ao terceto final “envoi ou ofertório”.
Quanto aos grupos de seis versos, Sanches de Lima chama-lhes coplas, Rengifo e Faria e Sousa estancias, Márchese e Forradellas estrofas e Massaud Moisés estancias.
Dada a oscilaçào entre o uso de estrofe e estancia, por parte dos tratadistas modernos, para classificar os grupos de seis versos, no decorrer deste estudo adoptaremos indiferentemente um e outro nome, e vezes haverá em que lhes chamaremos sextilhas.” CIRURGIÃO, António (1992, pp. 201-202)
Utilizarei como exemplo a sextina atribuída a Camões, a mais famosa de nosso idioma.
SEXTINA
Foge-me,
pouco a pouco, a curta vida,
Se
por acaso é verdade que inda vivo;
Vai-se-me
o breve tempo de entre os olhos;
Choro
pelo passado; e, enquanto falo,
Se
me passam os dias passo a passo.
Vai-se-me,
enfim, a idade e fica a pena.
Que
maneira tão áspera de pena!
Pois
nunca uma hora viu tão longa vida
Em
que posso do mal mover-se um passo.
Que
mais me monta ser morto que vivo?
Pera
que choro, enfim? Pera que falo,
Se
lograr-me não pude de meus olhos?
Ó
fermosos gentis e claros olhos,
Cuja
ausência me move a tanta pena
Quanta
se não compreende enquanto falo!
Se,
no fim de tão longa e curta vida,
De
vós me inda inflamasse o raio vivo,
Por
bem teria tudo quanto passo.
Mas bem
sei que primeiro o extremo passo
Me
há-de vir a cerrar os tristes olhos,
Que
amor me mostre aqueles por que vivo.
Testemunhas
serão a tinta e pena
Que
escreverão de tão molesta vida
O
menos que passei, e o mais que falo.
Oh!
que não sei que escrevo, nem que falo!
Que
se de um pensamento noutro passo,
Vejo
tão triste género de vida
Que,
se lhe não valerem tanto os olhos,
Não
posso imaginar qual seja a pena
Que
traslade esta pena com que vivo.
Na
alma tenho contino um fogo vivo,
Que,
se não respirasse no que falo,
Estaria
já feita cinza a pena;
Mas,
sobre a maior dor que sofro e passo
Me
temperam as lágrimas dos olhos;
Com
que, fugindo, não se acaba a vida.
Morrendo
estou na vida, e em morte vivo;
Vejo
sem olhos, e sem língua falo;
E
juntamente passo glória e pena.
Há
ainda a sextina dupla que contém setenta e dois versos distribuídos em doze
sextilhas e, em geral, por uma estrofe de três versos. A sextina não possui
tema obrigatório, mas temas bucólicos são frequentes a ponto de haver uma fusão
com a écloga. Deixo aqui alguns mapas que poderão ser úteis, um proveniente da
Wikipédia e o segundo do trabalho do Conde Ferdinand de Gramont.
2. ORIGEM E PROPAGAÇÃO
Esta
composição poética teve sua forma cunhada pelo occitano Arnaut Daniel no poema Lo ferm voler qu'el cor m'intra, escrito
por volta de 1200. Conforme defende Pulsoni (1996), Daniel não buscou criar uma
forma fixa, tampouco Petrarca e Dante se propuseram a catalogá-la, mas foram os
responsáveis pelo seu surgimento em outros idiomas:
A giudicare dal percorso fin
qui seguito, non poteva arridere migliore sorte alla sestina: nata dall'estro
poetico di Arnaut Daniel e divenuta forma fissa a prescindere dalla volontà del
suo inventore, ha acquisito autonomia in rapporto alla canzone solo con
Petrarca, a partire comunque dall'autorizzazione di Dante «a sua volta inconsapevole
di contribuire alla creazione di un genere ma rivolto comunque alla
costituzione di un progetto estetico fondante
Sobre sua propagação é correto dizer que no começo os autores não se referiam a mesma como sextina e inicialmente os estudiosos ainda consideravam-na um gênero da canção e não uma forma fixa independente. Cirurgião afirma que a sextina era cantada originalmente a própria palavra canção poderia se referir a vários tipos de poema, como a oitava rima, por exemplo. O estudioso Carlo Pulsoni admite Faria e Sousa como pioneiro, propagador e teórico da sextina a partir de uma reedição dos trabalhos de Camões em 1689. Os primeiros autores ibéricos de sextina são Bernardim Ribeiro e Jorge de Montemor. Se desconsiderarmos o trabalho de Bernardim por não ter remate, podemos considerar Sá de Miranda o introdutor da forma em Portugal.
Gramont (1872, p. 24-25) não considera as experiências latinas em hexâmetros iâmbicos muito sucessivas. A região onde A. Daniel viveu pertence hoje à França e ao Principado de Mônaco, mas era uma região onde se falava occitano e desfrutava de autonomia política, por isso a sextina chegou à França por influência da Renascença Italiana. Não há sextinas de Ronsard e Du Bellay, mas há Pontus de Thyard que, aliás, não segue a suposta regra dos substantivos de duas sílabas (falarei sobre isto mais adiante).
Fontes
não muito seguras da internet como fóruns e Wikipédia reconhecem Elizabeth
Woodville ou talvez sua filha Elizabeth de York como autora de um hino à Vênus
em sextilhas cujo sistema rítmico lembra uma sextina. Fala-se até em “sextina
irregular”. Importante mencionar que a esposa de Edward IV tinha fama de pagã e
até o século XVII a monarquia inglesa não teve uma estabilidade segura, por
isso comumente vemos textos atribuídos a nomes da realeza numa tentativa de
promover ou desqualificar alguns nomes. Cirurgião (1992: p.26) problematiza a escassez
de informações sobre as sextinas e a falta de informações verídicas mesmo em
fontes supostamente confiáveis. Por exemplo, algumas fontes atribuem a primeira
sextina inglesa a Edmund Gosse (1677) sendo que antes dele nomes como Phillip
Sidney e William Drummond já a tinham composto. Edmund Spenser não era criativo
apenas no seu esquema rimático no soneto, o seu texto de sextilhas e terceto
também foge do padrão sextina. Coube a Sidney produzir três sextinas. W.
Drummond escreveu duas, mas o nosso Petrarca escocês chama a sextina de sextain enquanto no inglês padrão
utiliza-se sestina.
Cirurgião (1992, p. 30) indica alguns poetas. Atrevo-me a completar sua lista indicando Elizabeth Bishop e William Drummond. Reforço Ferdinand de Gramont por ter um estudo de sextinas além de ter escrito algumas.
“Sem
pretender ser exaustivo, passam-se a indicar os nomes dos principáis poetas
que, através dos sáculos, cultivaram a sextina, já em Portugal, já noutros
países. Na Provença cultivou-a Arnaut Daniel, que diz ter sido o seu inventor; na
Itália, Dante, Petrarca, Pico della Mirándola, Bembo, Sannazaro, Girolamo
Benivieni, Torquato Tasso, Carducci, Gabriel d’Annunzio; na Espanha, Gil Polo,
Luis Gálvez de Montalvo, Fernando de Herrera, Cervantes, Lope de Vega; na França,
Pontus de Tyard, Pierre le Loyer e Ferdinand de Gramont; na Alemanha, Opitz, Gryphius
e Wecherlin; na Inglaterra e nos Estados Unidos, Philip Sidney, Edmund Spenser,
W. H. Auden, Ezra Pound, T. S. Elliot; em Portugal, Bernardim Ribeiro, Sá de
Miranda, Jorge de Montemor, Camoes, Diogo Bernardes, Pero de Andrade Caminha,
Duarte Dias, Sanches de Lima, Falcao de Resende, D. Gongalo Coutinho, Fernáo
Alvares do Oriente, Manuel Quintano de Vasconcelos, Mendes Quíntela, Antonio
Lopes da Veiga, Manuel de Faria e Sousa, Bocage, Marquesa de Alorna, David
Mourao Ferreira e Vasco Graça Moura”
O
TROVADOR DAS TREVAS
Precedendo
a Quaresma, ao Carnaval,
Bailando
a barcarola da Occitânia,
Surgiu
em seu delgado e branco corpo,
Ostentando
uma taça de altas trevas,
Um
cavaleiro a nome trovador,
O
mesmo da sextina: Daniel!
Daniel,
Daniel, Dan, Daniel!
Chegou
cantando o nobre Carnaval,
Pulsando
o coração de trovador,
Declamando
as sextinas da Occitânia
E
no quarto dos hóspedes nas trevas,
Revelou
o brocado de seu corpo...
Perdido
a tal pecado ao negro corpo,
Tateando
o vigor de Daniel,
Eu
derramei amor de claras trevas,
Ele
falou viril do Carnaval,
Eu
conheci o mapa da Occitânia
Ao
possuir o escravo trovador!
Eu
quem me transformei em trovador
Descrevendo
o esmeráldico, alvo corpo
Numa
canção sextina da Occitânia...
Daniel,
Daniel, Dan, Daniel!
Naquele
leito à noite ao Carnaval
Mergulhado
em translúcidas mil trevas...
Mas
na manhã seguinte em plenas trevas,
Fugiu
de meu castelo o trovador
Carregando
o brilhante Carnaval
E
a cútis asiática do corpo...
Em
meus versos trovejo Daniel
Em
seu cavalo em Nice, na Occitânia!
Eu
mantenho as lembranças d’Occitânia
Nesta
minha sextina escrita em trevas,
Daniel,
Daniel, Dan, Daniel!
Por
que partiu o pobre trovador
Levando
o seu divino e rubro corpo,
Quaresmando
p’ra sempre o Carnaval?!
CODA
Não
volta o Carnaval lá da Occitânia,
Em
seu corpo cromático das trevas,
Meu
amor trovador dor, Daniel!
Não
pretendo ensinar como fazer um bolo de fubá, mas cada um de nós tem a sua
massa, o seu recheio, a sua cobertura. Mas em meu estudo sobre os versos decassílabos
busquei explanar um tutorial de como atingir objetivos. Sempre gosto de
explicar como eu consegui escrever os poemas. Raros são os autores que
conseguem falar como obtiveram os versos.
Penso
que o primeiro ponto é compreender se o assunto abordado poderá ser desdobrado
em seis estrofes e num terceto final de resumo. Obviamente as duas primeiras
estrofes introduzem a questão, as terceira e quarta discorrem um novo enfoque
enquanto na quinta parece haver uma dificuldade de escrever, talvez seja o
começo do fim. Nem todos os textos nasceram para ser sextina, nem todo assunto
poderá ser desenvolvido com repetições em tão longa escrita...
Assim
como faço com sonetos, terzinas e outras formas, tenho o hábito de escrever em
meu caderno a listinha de ordem numérica dos versos.
Consagro
cada folha para duas estrofes. Escrever a primeira estrofe é imprescindível
porque dela surgirão as seis palavras que guiarão todo o resto do poema. Uma
vez definidas, pode-se aplicar o mapa da sextina (6, 1, 5, 2, 4, 3) para saber quais figurarão na segunda
estrofe mesmo que os versos da segunda estrofe ainda não tenham sido tecidos.
Basta saber que a primeira palavra-rima da
segunda estrofe é a sexta da primeira. Surge o desafio de escrever o verso
pensando nesta palavra, ela será o “Sol” do verso. Neste sentido, a sextina se
revela uma forma fixa difícil, mas reveladora: a matemática e o estudo das
possibilidades nos dão dicas, pistas do que deve ser feito. Por isso, em incontáveis
vezes, escrevo os versos finais de um poema antes de desenvolver o começo ou o
meio. Quem lê, move os olhos pela ordem cronológica, mas quem escreve pode
fazer por partes, não se precisa seguir a cronologia.
Em “O Trovador das Trevas” a aventura amorosa da
voz lírica com o dançarino Daniel no Carnaval foi dividida em seis estrofes (e
um resumo no terceto). Escrevi a primeira estrofe antes das demais, mas
considerei primordial já colocar em cada verso a palavra final para ter um
esboço do trabalho e passei para a quinta, na qual a saída de Daniel é motivo
de luto. Observem que a primeira palavra-chave ou palavra-rima é,
consequentemente, a última das sextilhas. No meu caso, Carnaval é o princípio e fim, tudo parece girar em torno do
personagem Daniel, mas a primeira palavra coroa o final do texto. Todas as seis
palavras possuem, por assim dizer, um momento de destaque, uma estrofe onde
serão a primeira palavra iniciando o agrupamento de versos como a cruz lidera
uma procissão. E este momento é também musicalizado pela proximidade com o
sexto verso da estrofe anterior.
Como escolhemos as seis palavras? Metricamente
optamos pelas mais fáceis de obter versos, pois elas se repetirão várias vezes
e ainda precisam caber direitinho em um terceto (duas palavras por verso).
Portanto, prefere-se priorizar as mais curtas. Cirurgião (p.37- 40) cita e analisa
as palavras escolhidas pelos autores de seu compêndio do ponto de vista
silábico, fonético, morfológico e semântico.
Daí já podemos concluir o homonímia como grande estratégia na redação
deste gênero textual. Gramont (1872, p. 5) indica que as palavras-chave deverão
ser substantivos dissílabos, mas ele mesmo admite não seguir as regras.
Enquanto isto, Cirurgião nos mostra vários exemplos nos quais as classes
gramaticais e sílabas variam contestando também a pseudo regra. Gramont (p.23- 24)
justifica que em língua portuguesa as palavras são geralmente longas, o que
torna dispensável seu uso na referida forma fixa. Castilho (1874, p.126-127)
não aprecia a sextina e afirma hipoteticamente a regra: “[...] consistiam em seis
versos todos com desinências differentes, e que deviam ser substantivos, e
geralmente de duas syllabas; [...]”. Além do mais, considero que a utilização
de palavras longas e em classes diferentes provoca maior habilidade do autor,
exige que o poeta procure dominar a sintaxe assim como no caso das rimas ricas
em terzinas, sonetos, indrisos, oitavas etc
Palavras com forte carga poética, mas quase
impossíveis de rimar como silêncio,
podem ter intenso impacto na sextina. Relevante atentar-se à escolha das
palavras porque “a força da sextina está na repetição e reciclagem de padrões enganosos
que não podem ser mantidos na mente de uma só vez." Stephen Fry. Rascunhar
o terceto com as seis palavras belamente escandidas verificando se cabem (tanto
formalmente como no plano do conteúdo) é um dos ritos iniciais da composição.
No que tange o conteúdo também pensamos na abrangência semântica e construção de sentimentos já que a repetição nos exige escrever as mesmas palavras sem parecer cansativo, o que, na minha modesta opinião, é a parte mais difícil. Daí o fato de que a sextina casa muito bem com o humor onde a maçante repetição direciona o riso. Escreve Cirurgião (1992, p. 27): “a sextina é essencialmente um jogo de equivaléncias homonímicas em que é visível a prevaléncia do vasto leque de significado semántico e conotativo sobre o número reduzido de significantes”.
Sobre o envio é importante meditar que as seis palavras estarão juntas nele e mais do que metricamente caberem lá, precisa haver um sentido lógico. Existe uma relação entre o plano semântico destas palavras com a fonética. Em minha sextina Castíssima Parada D’amor, também publicada pela primeira vez na e-antologia referida, busquei retratar a interrupção da busca de relações amorosas, daí as seis palavras terem consoantes mudas promovendo uma breve pausa que terá impacto maior no terceto. As palavras-chave estão destacas em rosa enquanto os termos verdes não estão nas sextilhas, mas foram incluídas no envio para fortalecer o efeito de parada.
A quem fazem os pactos, raptos, plânctons,
Admira a pausa digna como opção.
Em termos gerais,
escrever sextinas significa chorar sofrimento em sete estrofes usando as mesmas
palavras buscando fragmentar a problemática em olhares diferentes. É necessária
bastante paciência e devoção à poesia tradicional. Infelizmente poucos são os
estudos acerca de tão primorosa forma fixa. “A sextina tem servido
historicamente como uma reclamação.” Stephanie Burt
5. BIBLIOGRAFIA COMENTADA
BANVILLE, Théodore de. Petit Triaté de Versification. Paris: Alphonse
Lemerre, 1871. In: https://bibdig.biblioteca.unesp.br/items/f8d3be3c-0539-4569-8b65-68ca0dcfcf4d Acesso a 07.set.2023
Apesar do nome, o tratado do poeta parnasiano é o mais conhecido trabalho sobre versificação em língua francesa sendo nele publicado pela primeira vez a segunda sextina de Ferdinand de Gramont. O texto inédito é utilizado para demonstrar o funcionamento da sextina.
CAMELO, Paulo. Sextina. Site Paulo Camelo, 2005. In: https://camelo.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=47664 Acesso a 04.set.2023
Texto breve de 2005 do amigo de longa data acerca da sextina.
CASTILHO, Visconde de. Tratado de Metrificação Portugueza. 4a
ed. Porto: Livraria Moré-Editora, 1874
O metrificador consagra somente duas páginas ao assunto e cita a regra dos substantivos dissílabos.
CIRURGIÃO, António. A sextina em Portugal nos séculos XVI e XVII. Lisboa: Instituto de Cultura e Língua Portuguesa, 1992
A obra mais utilizada neste estudo foi
obtida pelo amicíssimo Bruno Fagundes Valine a quem dedico meu texto. Além do
compêndio de várias sextinas, há um inventário das palavras-chave e um texto
teórico na qual retirei muitas citações.
DRUMMOND, William. Poems. In: https://quod.lib.umich.edu/e/eebo/A36573.0001.001?view=toc Acesso a 07.set.2023
GRAMONT, Ferdinand de. Sextines: précédées de l'histoire de la sextine dans les langues dérivées du latin. Paris: Alphonse Lemerre, 1872 In: https://archive.org/details/sextimesprcd00gram/page/n1/mode/2up Acesso a 07.set.2023
Livro de 68 páginas contendo a história e
teoria da sextina, sua propagação em latim, francês, espanhol e português. Na
segunda parte do livro há sextinas do poeta
JONES, William C. Elements and Science of English
Versification. Buffalo:
The Peter Paul Book Company, 1897.
Tratado inglês contendo duas sextinas e uma explicação brevíssima.
LOPES, Carlos Mendonça. Foge-me
pouco a pouco a curta vida — A sextina de Camões. Blog Vício de Poesia,
2013. In: https://viciodapoesia.com/2018/08/20/foge-me-pouco-a-pouco-a-curta-vida-a-sextina-de-camoes/
Acesso a 04.set.2023
Única sextina canonicamente de Camões
PULSONI, Carlo. Petrarca e la codificazione del genere sestina. In: Antico Moderno, 2, 55–65, 1996. In: https://heyjoe.fbk.eu/index.php/antmod/article/view/1364 Acesso a 07.set.2023
RIBEIRO,
Bernardim. Hontem pos-se a
sol. In: https://pt.wikisource.org/wiki/Hontem_pos-se_a_sol
Acesso a 04.set.2023
A famosa sextina de B. Ribeiro.
SESTINA.
InternetPoem.com, 2022. In: https://internetpoem.com/poetry/sestina-280/ Acesso a 06.set.2023
Site de poesia que contém um interessante artigo sem menção ao nome do autor e citando vários nomes da língua inglesa.
SEXTINE. Accents Poétiques. In: https://accents-poetiques.com/prosodie/po%C3%A8mes-%C3%A0-forme-fixe/la-sextine/ Acesso a 07.set.2023
STANBURY, Sarah. Gender and Voice in Middle English Religious Poetry. In: DUNCAN, Thomas G. A companion to the Middle English Lyric. Cambridge: D. S. BREWER, 2005, p. 227-241
Capítulo de um livro de literatura medieval inglesa. Não se fala de sextina, mas do texto atribuído à rainha Elizabeth Woodville.
Um comentário:
Texto primoroso e muito interessante, como tudo o que é postado pelo talentoso Prof. Rommel.
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