Passacaglia e Fuga
I
Passacaglia
Sons etéreos, profundos, ressonantes;
- Abissal melodia dos pedais -
Desprendem-se dos tubos magistrais;
E voam pelos ares, triunfantes.
Sinergeticamente consonantes,
Freqüências s'entrelaçam mais e mais;
Num tecido de sons celestiais,
Harmonias perfeitas e vibrantes.
Acompanho estes sons, as melodias...
A seqüência de eternas eufonias...
Acompanho vagarem no meu Ser,
Onde, em minha memória, eternificam;
E dentro de minh'alma se amplificam;
Ressonando nas cordas do Prazer.
II
Fuga
Voai, voai distâncias infinitas;
No espaço qual no tempo já voais!
Voai, voai, oh!, sons de catedrais,
Melodias fugazes entreditas,
Para o longe das rochas selenitas,
Para além: as esferas siderais!
Para sempre voai! Voai benditas!
Voai benditas sempre mais e mais!
E que vossa existência na Existência;
Cubra o Todo e do Todo seja essência...
Ah! vozes harmoniosas, vos apelo:
Voai, voai quão mais podeis voar,
Que não há quem não há de apreciar;
O ideal metafísico do Belo.
Ivan Eugênio da Cunha
I
Passacaglia
Sons etéreos, profundos, ressonantes;
- Abissal melodia dos pedais -
Desprendem-se dos tubos magistrais;
E voam pelos ares, triunfantes.
Sinergeticamente consonantes,
Freqüências s'entrelaçam mais e mais;
Num tecido de sons celestiais,
Harmonias perfeitas e vibrantes.
Acompanho estes sons, as melodias...
A seqüência de eternas eufonias...
Acompanho vagarem no meu Ser,
Onde, em minha memória, eternificam;
E dentro de minh'alma se amplificam;
Ressonando nas cordas do Prazer.
II
Fuga
Voai, voai distâncias infinitas;
No espaço qual no tempo já voais!
Voai, voai, oh!, sons de catedrais,
Melodias fugazes entreditas,
Para o longe das rochas selenitas,
Para além: as esferas siderais!
Para sempre voai! Voai benditas!
Voai benditas sempre mais e mais!
E que vossa existência na Existência;
Cubra o Todo e do Todo seja essência...
Ah! vozes harmoniosas, vos apelo:
Voai, voai quão mais podeis voar,
Que não há quem não há de apreciar;
O ideal metafísico do Belo.
Ivan Eugênio da Cunha
PS: Esses sonetos foram inspirados pela obra "Passacaglia e Fuga" de J.S. Bach.
Um comentário:
FLORES ÓRFÃS
Ela caminhava descalça sobre os trilhos numa jornada que não parecia ter fim. Seu vestido florido cobria-lhe a pele alva, que sob um sol escaldante, soltava-se como folhas de outono.
As pequenas pedras no meio do caminho fizeram-na desequilibrar-se delicadamente sobre as flores órfãs espalhadas ao chão...
(Agamenon Troyan)
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