As pedras cortam, sangram os seus pés,
ou formam grandes bolhas doloridas,
em meio a calos velhos e feridas,
na vida um pesadelo, um revés
nas fantasias suas, coloridas,
(bem mais do que as araras-canindés)
que foram esgarçadas, de través,
restando a sua dor, a dura lida.
A vida, que sonhara generosa,
tornou-o triste andrajo peregrino,
a suportar as dores, as sangrias.
Sangrando vai, na estrada pedregosa,
a sustentar o fardo do destino,
sem sonhos, esperanças, fantasias.
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