Escuta a doce brisa que murmura
por entre as relvas frágeis, desses campos,
seus versos puros, feitos de candura,
com tanto lume, quais os pirilampos;
escuta seu murmúrio langoroso,
disperso aos quatro ventos dos penares,
que deixam mil suspiros pelos ares,
e ecoam nesse rio caudaloso.
A brisa que, tangendo a relva fina,
soluça a sua dor, a sua sina,
de ser fugaz, etérea, passageira.
A vida é feito a brisa, uma quimera,
que passa, como passa a primavera,
e deixa só saudade em sua esteira.
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