Desperatio
Uma mulher de preto invade o campo
Co’uma criança pálida nos braços.
No rosto, um choro frio nos seus traços,
E um violino a se rachar no tampo.
Cava, com um coração em pedaços,
A cova do menino... Então, em pranto
Toca uma Marcha Fúnebre, em seu manto,
No violino triste no terraço
Me ouça! Essa mulher é a esperança
Desesperada, ao vento vil do norte,
Enterra a triste e podre criança.
Mas, quem é a criança? Digo agora...
Ela sou eu! Que sinto, em minha sorte
Essa sina que aos poucos me devora
Por: Ronan Fernandes
XIII/I/MMXIII
4:53 o’clock
Um comentário:
Belo soneto!!
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