TERZA RIMA I
Em teu corpo, enfim, falecer, terminar,
Perder minhas forças, entregar a vida,
Deixar de ser, decair, me matar...
Escravo fiel, uma sombra vencida
Na guerra por teus braços gladiadores
E em teu abandono como suicida
Apanhar de ti, gritar, gozar nas dores
Em êxtases rubros, sádico prazer
Isso é mais sublime que o amor dos amores
Não é amor, é docemente morrer!
Rommel Werneck
NOTA:
Publico estes hendecassílabos que acabam de ser feitos pedindo a opinião de meus preciosos leitores e também de Edir Pina e Derek
provando que quero lhes dar a devida atenção...
10 comentários:
Rommel, em primeiro lugar eu amo muito você. Em segundo, meu querido, o facebook exerce um fascínio sobre a gente, mas não é um local que tenha uma proposta... é uma rede e, como tal, excelente para contatos e divulgação deste blog e seus esctritores. Mão é comparável ao Poesia Retrô, que vinha apresentando excelentes resultados literários. Não deixemos, pois, que a rede prejudique a qualidade deste blog excelente. Não o deixe entristecer... Quanto ao poema, nada sei da terza rima... É uma forma que nunca estudei ou escrevi. Naõ tenho condições de dar uma opinião fundamentada. Beijos, e estou aqui, ao seu lado, como sempre.
Vero. Amo vcs...
É bom ver postagens do Rommel, por aqui. Essa forma eu também nunca estudei, mas posso dizer que estes versos estão muito belos! Poste mais Rommel! Um abraço.
Esse guri vai longe..
Belissima construção para este sentimento que ultrapassa o obvio e cria este ambiente de sacrificio,mas de uma maneira poeticamente bela.
Parabens.
Venho da pagina do Derek e fiquei encantado com este Palco de belos escritores.
Febus, o fascinante da terza rima é sua tendência ao infinito, sua circularidade. Talvez por isso Dante fechava os cantos com uma quadra, para pôr uma espécie de ponto final ao "ciclo" que a terza rima forma. Além do mais, é muito interessante do ponto de vista das rimas, como podem ser exploradas. Quanto ao seu poema, eu amei.
Não tenho escrito, pois os meios - leia-se educação brasileira - não me andam a dar tempo ou mesmo inspiração para isso. Mas prometo publicar alguns poemas inéditos aqui. Abraços.
Desculpa pela demora...
Sobre a forma, não sei dizer nada além do que o Gabriel Rübinger... E acho uma boa idéia brincar com o fato dessa tendencia ao infinito.
Sobre o tema, você soube compor o tema ao seu modo nessa forma de um modo muito bom. Principalmente com o impacto do primeiro verso da ultima estrofe.
Eu não estou muito bom para qualquer coisa social,
mas este poema ficou com um tom interessante.
Bem, é isso.
E que o poesia retrô não pare aliás.
Voltarmos a publicar com mais intensidade nesse blog.
Penso que você conseguiu romantizar levemente o sadismo, tudo sem deixar ferver a agitação da fantasia.
Apesar da admiração com a métrica, eu a ignoro, entretanto as combinações das rimas são essênciais para mim, e você as fez de forma harmoniosa, e o mais bacana delas é a variação das classes das palavras (além do desafio de dar sentido para o todo), pois me irrito com gente que se diz poeta por fazer poemas inteiros com verbos no infinitivo, o que não foi o caso. ^^ A estrutura nada convencional, me fez lembrar de alguns sonetos com quarteto e terceto invertidos, que encontrei, senão me engano, nas Flores Do Mal... Bem meu caro, continuemos utilizando o que há de mais elevado para exteriorizar nossa ótica como fazedores de rimas e tirando o sentido frio e impessoal de cada palavra.
Bjs!
Mme. Papy
O que dizer de uma obra prima. Não sei muito de regras, mas que a poesia é linda. Isso é sim. Uma onda de versos nascido da alma de um grande poeta. Adorei. Aplausos mil nobre poeta!
Obrigado, Nivaldo
Postar um comentário