Mas eu que sempre te segui os passos
Sei que cruz infernal prendeu-te os braços
E o teu suspiro como foi profundo!
Cruz e Souza
Teus passos eu segui na noite fria,
A náusea desgarrada dos teus ossos,
Escarro purulento e hemorragia,
Sangrando pelos vãos dos teus destroços.
Dos teus males fui só medo e agonia
Soprando no interior de teus remorsos,
Um anjo torto, nume negro, um guia –
Que te afoga no fundo de mil poços!
E pálido descansas no jazigo,
Os vermes te rasgando a débil carne,
O gênio que viveu em ti, caro amigo,
De ti se retirou no desencarne.
Não temas nem se espante c’o perigo,
Somente o devir para atormentar-me!
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