No negro de teus
olhos noturnais
eu vejo a morte
dentro das meninas,
e não estrelas belas,
purpurinas
a reluzir no céu,
feito os cristais.
Eu vejo tumbas, anjos
sepulcrais,
por entre tantas
brumas e neblinas,
e não a luz das horas
matutinas
a iluminar as relvas
e rosais.
Nos olhos teus eu
vejo o fim de tudo,
nas sombras de um
olhar fatal e rudo,
vazio de ternura,
amortalhado.
Na noite de teus
olhos ora vejo
a morte a desfilar,
com seu cortejo,
levando o amor que um
dia eu hei sonhado.
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