Decadência Primaveril
Na minha vida, quando as tenras flores
Da infância germinaram olorosas,
Encheram-me a alma as formas vaporosas
De todos as venturas e furores;
Ao coração — jardim de pulcras rosas —
Deram-se as primaveras dos amores,
Emanações de férvidos ardores,
Eflúvios de ilusões esplendorosas!...
Vestida em vaga glória e magnitude,
A minha enaltecida juventude
Tão cedo se turvou das claridades;
Ao coração, restou-me dessas flores,
Somente as murchas pétalas das dores,
E uma coroa negra de saudades
Da infância germinaram olorosas,
Encheram-me a alma as formas vaporosas
De todos as venturas e furores;
Ao coração — jardim de pulcras rosas —
Deram-se as primaveras dos amores,
Emanações de férvidos ardores,
Eflúvios de ilusões esplendorosas!...
Vestida em vaga glória e magnitude,
A minha enaltecida juventude
Tão cedo se turvou das claridades;
Ao coração, restou-me dessas flores,
Somente as murchas pétalas das dores,
E uma coroa negra de saudades
Derek S. Castro
18/19 de Fevereiro de 2013
Um comentário:
Que preciosidade amigo Derek. Um belíssimo soneto. Mestre, retorne logo para o Recanto das letras. Tens o dever sagrado de difundir tão belas pétalas entre nós meros apreciadores de tão raras pérolas... Abraço fraterno, Marco Rocca.
Postar um comentário