“Quem de meus versos a lição procura,
Os farpões nunca viu de amor insano,[...]”
Correia Garção
Oh!, Leitores
Versos vários de negros sentimentos;
Vomitei nestas páginas sombrias.
Se lêsseis co'atenção a todos eles;
Percebestes que todos são de amor.
Amor que semelhante me devora;
A um torpe parasita sanguinário;
Que consome os tecidos musculares;
Sem nunca eliminar a sua fome.
Oh! leitores, se alguém de vós procura;
Algum ensinamento nos meus versos,
Algo que da razão seja produto,
Ah! digo-vos: ingênuo é este alguém;
Que procura tamanha lucidez;
Nas palavras convulsas dum amante.
Ivan Eugênio da Cunha
PS: Este é meu primeiro soneto em versos brancos.
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