22 anos conto pelo estreito;
Corredor de lembranças pulverosas,
Mas contam minhas dores pavorosas;
Que mais velho ou já morto está meu peito.
Dois cisnes numerais são meu afã;
E, abstratos, navegam por meu fado.
Dei-lhes nomes, conforme me foi dado:
Branco é Ontem e o negro é o Amanhã.
Ah! por que a Fortuna me dá tanto;
Tempo de sobrevida neste pranto?!...
Por que do bem passado só recordo?!
Não quero tanto tempo, quero danos;
Que firam a ampulheta de meus anos;
Com tapas bem no topo, se inda acordo!
Corredor de lembranças pulverosas,
Mas contam minhas dores pavorosas;
Que mais velho ou já morto está meu peito.
Dois cisnes numerais são meu afã;
E, abstratos, navegam por meu fado.
Dei-lhes nomes, conforme me foi dado:
Branco é Ontem e o negro é o Amanhã.
Ah! por que a Fortuna me dá tanto;
Tempo de sobrevida neste pranto?!...
Por que do bem passado só recordo?!
Não quero tanto tempo, quero danos;
Que firam a ampulheta de meus anos;
Com tapas bem no topo, se inda acordo!
Ivan Eugênio da Cunha
Nenhum comentário:
Postar um comentário