Chaconne
Irrompe, do silêncio mais profundo,
Os tão densos acordes dum violino;
Cantando, da Beleza, o triste hino;
Que compreende cada alma deste mundo.
E germina o embriológico e fecundo;
Universo harmonioso e cristalino;
Onde existe o melódico e divino;
E cabe a eternidade num segundo.
Sons vários s'entrelaçam com pureza,
Ressonando em minh'alma, que concebe,
Contemplativa, a essência da Beleza.
E canta em mesmo tom meu coração,
Mas, ah!, tão acanhado, ele percebe;
Que não pode imitar a Perfeição.
Ivan Eugênio da Cunha
4 comentários:
Simplesmente perfeito!!
Muito obrigado!
Um soneto muito sentido, ou assim o deixa acreditar ao leitor. Tem riqueza, tem singularidade. Gostei!
Agradecido, Dulce!
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