Na aflição da pena, de cuja dor teima
Fazer seu poema na sina que reina,
Palavras no peito, machucam de um jeito
Que fico arrasado, e o silêncio de um lado...
Ninguém me diz nada e minha alma prostrada
Querendo um amigo, a mim, só, me digo:
De noite o acoite, chicote e foice,
De diabo, o diabo, em mim já não caibo.
De tanto vazio, secou-se meu rio,
O verbo de um velho num tempo amarelo,
Na onda do vinho, surfando sozinho;
Não sei se covarde; se fui, já é tarde,
Só resta os espinhos dos duros caminhos.
José Edward Guedes
www.opassarinhodoidao.blogspot.com
Nota do Editor:
Receber este soneto com rimas internas é uma honra para o Poesia Retrô pois é mais uma forma de mostrar o que tenho constantemente falado: estudo de possibilidades.
Rommel Werneck
Nota do Editor:
Receber este soneto com rimas internas é uma honra para o Poesia Retrô pois é mais uma forma de mostrar o que tenho constantemente falado: estudo de possibilidades.
Rommel Werneck
2 comentários:
Puxa, que soneto belo! Originalíssimo!
Lindo né?
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