"Afinal, sua mãe disse, e a minha certamente disse:
' É importante - ela dizia - experimentar coisas novas.'"
Hannibal Lecter
Tua pele, macia e tão sedosa,
Teus olhos vivos numa cor ardente,
Cabelos loiros! e em meus brancos dentes
Rubros lábios de carne saborosa.
Tuas bochechas mui apetitosas
Com teus salgados seios tão dementes
Teu fígado e teus rins gralham.Contente
Eu como tuas carnes majestosas...
Sou como o verme comedor de mortos,
Uso de meios e caminhos tortos
Para enlaçar-te em meu caminho manco.
Oh não, mulher, eu nunca quis te amar.
Mas sim, teu cérebro quis degustar
Servido com um belo vinho branco
Por: Ronan Lúcio Fernandes
VIII/IV/MMXII
03:36 o'clock
7 comentários:
Beautiful!
Vc leu "The Lonely Slayer"? Vai nessa linha tb
Que soneto maravilhoso!
Vc tem muito talento! Muito mesmo! Absolutamente lindo :)
Obrigado... muito obrigado! ^^
Muito bom o blog. A proposta de vocês é bastante interessante tentando reviver épocas ou reconstruindo-as na poesia, pois isso parece que tenha se perdido com estes anos de loucura caóyica. o problema é que agora sinto até vergonah dos versos que escrevo "livre", sem me´trica sem nada, pô, eu nucan opuvi falar em plêiade cara. Será mesmo que meus versos são de poesia?
Tiago,
a poesia é um enfoque da vida. Ela está (ou pode estar) em tudo. Seus versos são poesia, sim, independente de métrica ou não. Julgar com base em parâmetros meramente formais é pobre e até em certa medida preconceituoso. Se você escreve porque ama escrever, ou porque precisa escrever, você escreve - e é isso que importa. E que continue sempre!
Mas, Tiago, todos os versos possuem métrica...
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