Depois da orgia estava embalsamado
Entre rubros lençóis o efebo só.
Nos seus sonhos estava ali deitado
À rigidez da carne, ao brilho em pó.
Entre rubros lençóis o efebo só.
Nos seus sonhos estava ali deitado
À rigidez da carne, ao brilho em pó.
A carne nua em brilho de brocado
Era beleza simples e sem dó
Fisgava o sábio grego apaixonado
P’ra tatear de novo a carne, o pó...
Que corpo glacial! De luz, dormente...
E que sangue nobre! Pálido rubor...
E, pondo as mãos no peito intensamente
Do lívido rapaz dos cemitérios
Já não tinha na Terra mais fulgor...
Era agora um deus grego em céus etéreos...
Rommel Werneck
Enviado por Rommel Werneck em 18/04/2012
Código do texto: T3619124
Código do texto: T3619124
Escrito em 2011
2 comentários:
Mais uma obra prima sir Rommel Werneck!
na verdade é rançosa essa nostalgia toda, descobri agora...
Postar um comentário