terça-feira, 18 de outubro de 2011

Ao Soneto



E, como singular polichinelo,
Ondula, ondeia, curioso e belo,
O soneto, nas formas caprichosas.
As rimas dão-lhe a púrpura vetusta
E, na mais rara procissão augusta,
Surge o sonho das almas dolorosas...
Cruz e Sousa


Componho meu soneto em terna lira,
Tecendo seus encantos pra você.
Quatorze versos, leve casimira
Escritos em moldura de buquê.

Amor é o substrato que me inspira
Estrofes como tramas de crochê
Talhadas sob o sulco da safira,
Buscando a perfeição que não se crê.

As rimas arranjadas pelas linhas,
Sonoro jogo em notas musicais,
Estâncias cultivadas nas tardinhas,

Ouvindo o louco canto dos pardais
Bem quando na janela tão sozinha
Meu peito vou cosendo em tantos ais!


[Alessa B.]

3 comentários:

Derek S. Castro disse...

Belíssimo soneto! A métrica e o lirismo ambos impecáveis! Muito bom, Alessa. Até mais.

Poesia Retrô www.poesiaretro.blogspot.com disse...

Parabéns!

Marcel Angelo disse...

Belo soneto
me inspirei nele
e fiz o meu
só que estou meio enferrujado

REVIVALISMO LITERÁRIO


Poesia Retrô é um grupo de revivalismo literário fundado por Rommel Werneck e Gabriel Rübinger em março de 2009. São seus principais objetivos:

* Promoção de Revivalismo;

* O debate sadio sobre os tipos de versos: livres, polimétricos e isométricos, incluindo a propagação destes últimos;

* O estudo de clássicos e de autores da História, Teoria, Crítica e Criação Literária;

* Influenciar escritores e contribuir com material de apoio com informações sobre os assuntos citados acima;

* Catalogar, conhecer, escrever e difundir as várias formas fixas clássicas (soneto, ghazal, rondel, triolé etc) e contemporâneas (indriso, retranca, plêiade, etc.).