
Andeja solitária desses ermos prados,
Pisando mil veredas feitas d’amarguras,
Perdida dentro em mim, nas sendas mui escuras,
Eu sigo a sorte própria dos desventurados.
E ao ver os sonhos meus desfeitos, desbotados
quais flores que morreram - d’antes belas, puras –
colhidas nesse tempo de tristeza, agruras,
d’amores que se vão, tão mudos, tão calados.
Pisando as folhas secas desses meus caminhos,
Sentindo em minha tez os beijos teus, carinhos,
Revivo dentro em mim o nosso amor passado.
Ai! Que destino o meu! Andar sem rumo certo!
Pisando as minhas dores, sem ter ver por perto,
Colhendo as flores mortas do que hei sonhado.
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