Que cale a voz que tanto ouvi um dia!
Que estanque o pranto, outrora incontido..
E morra em mim, silente, sem ironia,
o amor que tanto tem a mim ferido!
Que se estilhacem todos sonhos vãos!
Se apague em mim a chama dos meus versos...
Paralizadas fiquem minhas mãos
Sem externar poemas meus imersos!
Que para sempre cale a minha lira!
Se quebrem todos meus sutís esteios...
E toda minha angústia, meus receios.
Que acabe meu penar e a minha ira,
Paixão que me consome e em mim suspira,
Que morram em mim os sonhos, devaneios...
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