ROMANESCO
Oh!Amada dos brunos espectros!
Solfejo-me em teus sons obsoletos
Nada oblatas a mim. Teus estros
Obliteram meus escritos completos
Idolatro-te na pulcra paisagem
Negas-me teu ósculo pervertido
Espero-te dama de cortês linhagem
Não chegas... Sal do meu olhar vertido
Sou uma sombra sem lucidez
Romântico em minhas quimeras
Bordo constelações em tua tez
Utopias de arcaicas primaveras
Divina dama de funéreas vestiduras
Alça voejo de teu torreão aprumado
Digna-te a oferendas de tuas ternuras
Sou um reles cavalheiro apaixonado!
Denise Severgnini
(Poema retrô gótico romântico)
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