Tesouro que ninguém garimpa, explora
é o céu, seus diamantes estelares,
constelações sem fim, a bela Antares,
a Estrela Dalva, no raiar da Aurora;
a lua que, andejando o espaço afora,
envolta, muitas vezes, por colares,
asperge fios de prata pelos ares,
e usa um véu de nuvens, se o céu chora.
Tesouro: mil pepitas, diamantes,
a lua com seus véus, belos turbantes
que, no sidéreo espaço, vai e vem.
O manto azul de anil – esse tesouro –
ninguém pode roubar, comprar com ouro,
é bem de todos nós, e de ninguém.
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