EFEMERIDADE (II)
Edir Pina de Barros
Um dia após o outro o tempo passa
deixando rastros sobre a nossa tez,
tornando sem sentido o que se fez
com inocência, candidez e graça...
E sem respostas para mil porquês
expostos, sem saber, a essa devassa
que os sonhos e ilusões depressa esgarça
seguimos sem sentir que se desfez
o corpo – templo d’alma e vil matéria.
E a vida, que é quimera, sempre etérea,
se escoa pelos vãos de nossos dedos.
E tudo passa – a vida é passageira –
e se desfaz no tempo, em sua esteira
tecida no tear dos sonhos ledos.
Um comentário:
Edir, sempre bela!
Postar um comentário