(W. H. Harrington. Wreck of Sea Venture)
Derradeiro Leito
Oh! céu da eterna noite escura!
Oh! mares fartos de pesares!
Tão triste vara pelos ares;
Meu canto cheio de amargura.
Se mais não tenho uma ventura,
Se mais não calmo são os mares,
Boa sorte é se mil azares;
Me atarem firme à morte dura.
Ah! que estes mares agitados;
Aceitem ser meu triste leito,
Guardando sonhos maculados,
E, num tormento mais violento,
Enfim arranquem de meu peito;
Amor, saudade e sofrimento.
Ivan Eugênio da Cunha
Derradeiro Leito
Oh! céu da eterna noite escura!
Oh! mares fartos de pesares!
Tão triste vara pelos ares;
Meu canto cheio de amargura.
Se mais não tenho uma ventura,
Se mais não calmo são os mares,
Boa sorte é se mil azares;
Me atarem firme à morte dura.
Ah! que estes mares agitados;
Aceitem ser meu triste leito,
Guardando sonhos maculados,
E, num tormento mais violento,
Enfim arranquem de meu peito;
Amor, saudade e sofrimento.
Ivan Eugênio da Cunha
4 comentários:
Que lindo!
Gosto de poemas nesse estilo...as rimas brincam trocando de lugar..rs
Uma ótima Páscoa amiga...um abraço na alma
Beijo
Belo soneto! Não conhecia esse poeta. Deve em breve figurar no Poesia Diversa.
Muito agradecido pelos comentários.
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