quinta-feira, 3 de novembro de 2011
LAMENTOS INDÍGENAS
Publicado por
Edir Pina de Barros
às
16:32
I
Primeiro nos tomaram nosso chão,
Depois de tantas lutas, de sevícias,
De sangue derramado por milícias
Nos pantanais, cerrados e sertão.
Estavam construindo uma Nação
Erguida co’s esteios das sordícias!
Com falsos brindes! Álcool! E malícias!
E tudo se repete, desde então.
Tiraram todo o ouro das jazidas,
Agora querem as águas, querem os rios,
Que sempre foram livres, corredios!
Agora querem o pouco que nos resta,
Como se vê! E a história sempre atesta,
Não basta o que tiraram! Terras! Vidas!
II
E foram tantas mortes! Vis chacinas!
Em nome do Progresso, Cruz e Espada,
A América invadida e ensangüentada,
Por mãos tão torpes, duras, assassinas!
Violentadas mães! Avós! Meninas!
Depois de muita guerra e luta armada
De muitos povos nem restou mais nada,
E tudo terminou em mãos sovinas.
A oferta da bebida - grande arma –
A espada, o vírus! Espelhos! Sedução!
O fim de tantos sonhos, tantos povos!
E os novos invasores! Quem desarma?
Quem vai conter agora a dura mão?
E dar à história rumos outros? Novos!
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REVIVALISMO LITERÁRIO
Poesia Retrô é um grupo de revivalismo literário fundado por Rommel Werneck e Gabriel Rübinger em março de 2009. São seus principais objetivos:
* Promoção de Revivalismo;
* O debate sadio sobre os tipos de versos: livres, polimétricos e isométricos, incluindo a propagação destes últimos;
* O estudo de clássicos e de autores da História, Teoria, Crítica e Criação Literária;
* Influenciar escritores e contribuir com material de apoio com informações sobre os assuntos citados acima;
* Catalogar, conhecer, escrever e difundir as várias formas fixas clássicas (soneto, ghazal, rondel, triolé etc) e contemporâneas (indriso, retranca, plêiade, etc.).
* O debate sadio sobre os tipos de versos: livres, polimétricos e isométricos, incluindo a propagação destes últimos;
* O estudo de clássicos e de autores da História, Teoria, Crítica e Criação Literária;
* Influenciar escritores e contribuir com material de apoio com informações sobre os assuntos citados acima;
* Catalogar, conhecer, escrever e difundir as várias formas fixas clássicas (soneto, ghazal, rondel, triolé etc) e contemporâneas (indriso, retranca, plêiade, etc.).
3 comentários:
como é possivel seres ditos humanos humilhares destruires os seus proprios irmãos, ninguem é superior a ninguem quando vamos entender isso
bjs
Quem consegue deter a fúria humana (quase selvagem) por dominação é tão somente um povo unido, altivo e orgulhoso de sua identidade.
Que poema lindo, Zélia!
Meu abraço e muito obrigado pelo carinho e solidariedade comigo nesses dias tão difíceis. Paz e bem.
Bom dia Edir,
Visualizei seu blog de alto a baixo, para me pronunciar com verdade.
Você escreve muito bem! Já é mestre!
Adorei seus poemas e as líndissimas imagens, que os encimam.
tem sensibilidade e sabe fazer um jogo sedutor
com as palavras.
Nesse seu poema, crítoca política e social, você descreve uma realidade dura e cua, mas verdadeira, sofrida, sentida.
A História nunca se repete da mesma maneira, e novos rumos vão, sempre, surgindo.
O mundo de hoje, não é o da "Idade das Trevas".
Tenha fé e esperança no amanhã.
Abraços de luz.
afectoecumplicidades.blogspot.com
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