
Silêncio! Escuta a brisa que murmura,
E sobre as folhas rola e se desliza,
A balançar as flores d’altamisa,
Tão perfumadas, prenhes de candura.
Tu podes escutar a doce brisa?
Ouvir a sua voz na noite escura?
Nas flores d’altamisa ela perdura
E faz juras d’amor, à sua guisa!
E com seu jeito firme, mas galante,
Do modo que s’espera d’um amante,
Nos braços d’altamisa caí, s’enlaça.
E a alisa com seu jeito morno e arfante
E vai! E vem! E a roça quando passa!
Quanta mesura! Quanto garbo! Graça!
2 comentários:
Silenciei, escutei, embalada pelas suas doces palavras, imaginando o perfume do altamisa (que não conheço) e fiquei em estado de graça.
Beijinhos, querida Zélia !
Verdinha
Eu ri, feliz, como se tivesse vivido tuas palavras. Lindo!!! beijão.
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