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Por entre os pétreos anjos sepulcrais,
Neste abissal silêncio assombradiço,
Alembro-me de teu perfume e viço,
Tua partida e meus cortantes ais...
Éramos nós somente dous noviços,
Replenos de pudor, candura e paz,
Queríamos viver e nada mais,
Sonhar sonhos doirados, mui castiços...
Aqui estou tão só, nessa tristura,
Regando com meu pranto a sepultura,
O derradeiro leito teu, querido...
Sem ti padeço tanta dor, agrura!
E só Deus sabe o quanto hei sofrido...
Quisera ter contigo anoutecido!
5 comentários:
Edir,triste e comovente lamento de não ter vivido esse amor!Um soneto primoroso!Bjs,
Belo!
Realmente primoroso,
invejo sua maestria.
E a respeito daquele soneto Grafismo Indígena, eis um soneto que eu sempre quiz fazer... Realmente muito bom.
Grafismo Indígena é algo muito belo!
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