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Mas para que sonhar? Manter quimera?
Se tudo acaba! Cai na mesma vala!
Se a vida, torpe e vil, nos avassala,
Se o tempo todo sonho dilacera...
Sonhar? Eu juro que sonhar quisera!
Mas todo sonho morre e assim se cala,
tal qual a rosa que se despetala,
em plena vida, plena primavera!
Se tudo é quimera! Morre o sonho!
Se a morte vive ali, na ante-sala,
À espera desses sonhos, impiedosa!
Não há porque viver esperançosa,
Se a morte faz da vida uma vassala,
E do viver um fado tão bisonho.
Tela: Omar Rayo
3 comentários:
Nossa! Que bela tela! Mais uma vez, o soneto está deslumbrante, mas é que as imagens que a Edir escolhe são muito interessantes, inspiradoras. Bem que poderíamos futuramente lançar uma roleta com suas imagens favoritas!
Belo soneto!
Para que sonhar? Boa pergunta! Um abraço.
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