Espio dentro em mim e nada vejo
Além da solidão, que está comigo,
E do meu corpo fez o seu jazigo,
Trazendo a dor, tristeza em seu cortejo!
Tomou-me por seu quarto de despejo,
E no meu coração buscou abrigo,
Como se fora um bom amante antigo,
Que volta transbordante de desej0...
Chegou para ficar! Fazer morada!
Fincar esteios firmes de aroeira,
Não mais partir! Ficar eternamente!
Espio novamente e vejo nada
Além da solidão, minha posseira,
Fincando suas cercas, inclemente!
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