Sê como um rio, que valsando rompe as matas,
No seu silêncio sempre em dor se esvai, se escuma,
No seu silêncio sempre em dor se esvai, se escuma,
Cortando vales, pedras, forte e densa bruma,
E vai formando mais adiante mil cascatas...
Sê como um rio que obstáculos contorna,
E segue sempre em frente sobre mil pedrouços,
Vai construindo seus caminhos, arcabouços
Rasgando o duro chão com suas águas mornas...
Sê como um rio que se soma a outros tantos,
E assim se torna tão profundo, ancho, forte,
Cumprir consegue então a sua triste sorte:
A de seguir o seu destino sul ou norte,
E ir perder em outras águas seus encantos,
E ir morrer no mar a borbulhar em prantos!
Um comentário:
Belo! O efêmero!
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