Rasga os meus versos, um a um
E atira seus pedaços contra o vento,
Não deixes pelo ar nenhum lamento...
Pois nada têm de belo, de incomum!
Ateia fogo sem pensar em nada,
Pois são somente jogos de palavras,
Que retirei de minhas tristes lavras,
De minha pobre alma tão arada!
Destrói um a um dos meus sonetos,
E nada deixes, mesmo que tu queiras,
Palavras, versos, meus rascunhos todos!
Não deixes nada, nem os meus versetos,
Pois são de mim somente o pó, poeiras
Precipitados meus, meus tristes lodos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário