Nau errante!
A nau que vai ao léu, frágil, perdida,
Singrando o mar revolto, muito forte,
Distante vai sumindo assim, sem norte,
Gemendo, vai sangrando o mar, vencida!
Oh! Mar bravio! Nunca dás guarida
Às naus que enfrentam sempre a própria sorte?!
Oh! Frágil nau! No mar te aguarda a morte,
Enquanto buscas sempre a própria vida!
Oh! Ébria nau! Que sorte triste a tua!
Perder-se assim no mar, longínquo e frio...
Na rocha, só, quebrar-se em mil pedaços!
Por que morrer assim, tão ébria e nua,
Singrando errante o mar, forte, sombrio?
Por que morrer distante, em outros braços?!
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