Ah, tempos sombrios, estes que vivi!
E foram neles que minh'alma foi lapidada
Embora fosse tão triste e amargurada
Os tempos sombrios jamais esqueci.
E tudo passou... No entanto, um dom eu perdi:
Minh'alma não anda mais sempre inspirada
Como fora outrora com sua poesia desolada
E em belo verso melancólico nunca mais escrevi.
Não era isto o que eu queria, oh desgosto e maldição!
Imploro a Álvares de Azevedo que ponha no coração
A antiga beleza que agora estrago numa linha torta.
Dor estranha do que do meu peito se apodera
Seria eu mais feliz se ao menos tivera
Guardado as cinzas de minha poesia morta...
3 comentários:
Camille!!
Tu, o Katatonic e eu gostamos da mesma tendência, Álvares, Byron, Augusto dos Anjos!!
Esse teu texto aqui é, por isso mesmo, empolgante demais!!
Ei, Camille, eu tou achando estranho, nossos próprios Escritores não comentam entre si, como forma de compartilhar experiências. Vambora encher os comentários desse povo!Abração!!
Camille, gostei do teu poema!Parece que foi escrito por/para mim!parabéns!È assim que eu me sinto.bjs d.
Maravilhoso...
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