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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Derradeiro Leito (versos octossílabos - ritmo 2,4,8)


(W. H. Harrington. Wreck of Sea Venture)

Derradeiro Leito

Oh! céu da eterna noite escura!
Oh! mares fartos de pesares!
Tão triste vara pelos ares;
Meu canto cheio de amargura.

Se mais não tenho uma ventura,
Se mais não calmo são os mares,
Boa sorte é se mil azares;
Me atarem firme à morte dura.

Ah! que estes mares agitados;
Aceitem ser meu triste leito,
Guardando sonhos maculados,

E, num tormento mais violento,
Enfim arranquem de meu peito;
Amor, saudade e sofrimento.


Ivan Eugênio da Cunha



4 comentários:

  1. Gosto de poemas nesse estilo...as rimas brincam trocando de lugar..rs
    Uma ótima Páscoa amiga...um abraço na alma
    Beijo

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  2. Belo soneto! Não conhecia esse poeta. Deve em breve figurar no Poesia Diversa.

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  3. Muito agradecido pelos comentários.

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